quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Duas xilogravuras...

"Infância"; xilogravura; 1997



... e um poema de Cláudia Lemos:


Chão do Tempo [* ]


Infante o homem
toma a lembrança
de seu quintal de liberdade

O pássaro primeiro
em mãos de futuro
passeia  possibilidades

A velha criança
floresce a raiz
cravada na rocha do tempo

E nas asas
se desfaz
faz
refaz
o menino de nunca mais.



.



[ * ] Poema em diálogo com a xilogravura "Infância", originalmente publicado aqui.

Cláudia Lemos escreve nos blogs Controvento-Desinventora e Semanário

Grato, Claudiamiga!

"Crianças"; xilogravura; 1997

Cabeça

"Cabeça"; acrílica sobre papel; s/d

2 nanquins

"Dentro"; caneta nanquim sobre papel; s/d

Sem título ["olho-asa"]; nanquim, bico de pena sobre papel; 1991

Meninos, garotos, guris...

Grafite sobre papel; s/d

Grafite sobre papel; 2004

Grafite sobre papel; s/d

Nanquim, bico de pena sobre papel; 1993

Grafite sobre papel; Salvador, 1994


O poetamigo e haijin Cristiano Marcel, colunista do blog Poetas de Marte, me surpreendeu ao abduzir estes desenhos para ilustrar seus haicais em homenagem ao Dia das Crianças na sua coluna Haicais de Domingo.
Grato, Cristiano!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Baú de memórias: revista Instantes

"Tá [quase] todo mundo lendo Instantes"; nanquim e pincel sobre papel; desenho inédito

"Meditação"; Instantes nº 12
Somar é sempre bom. Compartilhar, melhor ainda.
Já desenhava quando me juntei ao grupo da revista literária Instantes, mas foi nessa revistinha [uso o termo no sentido carinhoso...] impressa em xerox e distribuída gratuitamente em pontos culturais, eventos estudantis, filas de teatro e festivais de cinema que me senti acolhido e à vontade para publicar meus primeiros poemas e até mesmo meu primeiro ensaio crítico, um artigo sobre o escultor G.T.O.

Foi nas reuniões da Instantes que pude exercitar um outro modo de apreender o texto, por meio da leitura e da escuta coletivas. A produção de todos era posta na roda e a prosa poética que se seguia se estendia sem compromisso com a "hora de relógio", como falam os baianos.

Por meio do grupo Instantes [hoje seríamos um "coletivo"] pude vivenciar um ambiente no qual as diferenças individuais são condição sine qua non para  o crescimento do todo e de cada um.
Fica aqui meu agradecimento ao Marcello Giffoni, à Mônica Torres, ao Alexandre Feitosa, à Blanca Dian, ao Marcelo Oliveira, ao Sérgio Paulo, ao Sandor Buys e ao Löis Lancaster, integrantes do grupo de fundadores da revista.

Valeu! E muito!